18 de mai. de 2011

Programa radiofônico Universo Fantástico




OLÁ MUNDO!

Universo Fantástico é um programa sobre ciência e tecnologia, curiosidades sobre o Universo e nosso planeta. Tudo falado de forma simples e de fácil entendimento.
Transmitido pela Rádio Inconfidência AM 880, às sextas, de 21 às 22 horas.





Entrevista com o coordenador do programa, Renato Las Casas. Ele é professor do Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas e Coordenador do Grupo de Astronomia da UFMG e responsável pelo Observatório Frei Rosário na Serra da Piedade.



O Rádio é um veículo que atinge um número muito grande de pessoas, sendo que grande parte dessas pessoas muito dificilmente viriam até nós, na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Então, vamos até eles.
Procuramos passar informações para quem não sabe nada de ciência.


Não são fixas as proporções de tempos do programa destinados a cada tipo de público. Em alguns programas falamos muito para estudantes do 2o grau; em outros já falamos menos para esse público. . . As notícias da semana, o perfil do convidado, entre outras questões, vão definindo essas proporções.

Hoje, acredito que o nosso público é muitíssimo variado, tanto em faixa etária como em nível cultural e socioeconômico.


Não temos tido "dificuldades". Temos total apoio de toda a Rádio Inconfidência
Em breve o programa vai passar a ser reprisado no domingo a tarde. (http://goo.gl/YodxS)


Mariana, mande as dicas que tô querendo saber!



Contato:
Ou durante o programa, os telefones (31) 3298-3440 e 3298-3441.



Abraço,
Renato.

2 de mai. de 2011

ETNOCIÊNCIA



Vencedor do Prêmio Roquette-Pinto, o projeto Aldeias Sonoras é uma retomada do antigo projeto Progama de Indio, iniciado em 1985, e veiculado pela USP FM. Os idealizadores acreditam na importância do rádio na divulgação da cultura indígena e na aproximação entre os povos.


Entrevista com Angela Pappiani, Jornalista, escritora e produtora cultural, diretora da Ikorē – projetos culturais e artísticos, formação, trabalho, coordenadora do projeto Aldeias Sonoras

O Embrião
Há alguns anos estávamos pensando na retomada do projeto de rádio para divulgação da cultura indígena, mas o envolvimento com outros projetos em outras áreas de atuação nos desviava desse caminho. Há dois anos começamos a pensar num formato mais curto, com informações mais condensadas, muita música e arte, para trazer as tradições indígenas para um público amplo. Daí o formato de 10 minutos, com temáticas variadas, textos da tradição oral dos povos indígenas e muita música.

A Divulgação
A veiculação, dentro da proposta do Prêmio Roquette-Pinto, será coordenada pela ARPUB - Associação das Rádios Públicas do Brasil - para emissoras públicas em todo o país (os programas estão disponíveis para download no site www.arpub.org.br. Basta preencher um cadastro).
Somente neste mês os programas foram liberados para veiculação e estão disponíveis para download no site da instituição. Agora vamos fazer um trabalho de divulgação do projeto e estimular emissoras parceiras e organizações conhecidas para a veiculação. Em breve os programas estarão no site do Programa de Índio (www.programadeindio.org).


Público
Os programas ainda estão começando a ser veiculados e ainda não temos um retorno.
Mas nosso alvo são todos os públicos, de todas as idades, classes sociais, tradições culturais.

Dicas de Financiamentos
Fizemos o cadastramento do projeto para captação dentro da lei do ICMS em São Paulo. E vamos habilitar no Minc também. Estamos buscando apoio para dar continuidade ao projeto com a produção de mais 40 programas novos.


Contatos:

Angela Pappiani
011 - 3796 2418
011- 7651 5294
Skype - angelapappiani
www.ikore.com.br (site sendo finalizado)
http://palavrascriadoras.blogspot.com

14 de abr. de 2011

Programa “Cantores Bons de Bico” - Divulgação científica e enfoque sócio-ambiental




Surgiu como um trabalho final da disciplina de rádio, ministrada pela Profa. Dra. Gisela Swetlana Ortriwano, do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA/USP, no Curso de Especialização em Divulgação Científica do Núcleo José Reis (NJR).

Chegou ao fim com quatorze meses de programação veiculada pela Rádio USP três vezes ao dia, às dez da manhã, às quatro da tarde e às duas da madrugada, rendendo uma boa resposta do público ouvinte.

Fórmula básica: utilização de músicas, descrição da ave e a veiculação do seu canto.



Entrevista com Ricardo Gandara Crede – Mestre em tecnologia nuclear, biólogo, com formação em marketing e especialista em divulgação científica


Público
O programa "Cantores Bons de Bico" despertou muito interesse dos ouvintes. Até recentemente eu recebia e-mails de pessoas querendo informações para a identificação de uma ou outra espécie de ave. Existem muitos apreciadores do canto das aves, grupos de ornitólogos amadores e observadores de aves. O Birdwatching é um "esporte" bastante popular em outros países e tem crescido muito no Brasil. O grande diferencial do programa de rádio é que usavamos a vocalização das aves para identificar as espécies. O que geralmente acontece é o uso de guias de campo, contendo ilustrações dos animais. Isso foi um diferencial do programa.

Nosso público era formado, além de universitários e acadêmicos, por muitas pessoas que relacionavam a rádio USP à educação e cultura. A rádio mantinha a posição de lanterninha da audiência na cidade de São Paulo, longe de um formato comercial, transmitia música popular brasileira (MPB) e tinha programação variada, mas sempre focada em atividades culturais e da vida acadêmica. Como o programa era veiculado 3 vezes ao dia, em rápidas inserções (formato de boletim radiofônico), pegávamos diferentes ouvintes, no período da manhã, tarde e início da madrugada.

Dificuldade X Estratégias
A maior estava no curto tempo para pesquisar músicas e relacioná-las às diversas espécies de aves. A idéia era trabalhar com músicas que fizessem referência ao animal, isso era muito complicado. Muitos programas foram feitos fora deste formato, mas era válido, estávamos numa rádio universitária. Prezávamos pela inovação ! Chegamos a montar um programa sobre frangos, usando como trilha sonora uma galinha cantando rock. Em um outro, especial de sete de setembro, não havia texto, inserimos apenas uma gravação do hino nacional, acompanhado pelo canto de diversas aves brasileiras.

Muitas eram as estratégias para desenvolver o interesse dos ouvintes. A própria música cumpria esse papel, quebrando o gelo e aproximando o texto mais técnico a questões do dia a dia e do emocional do ouvinte. Referência a personagens de desenho animado, ou a aves que aparecem em músicas ou hinos também eram feitas.

Oportunidades
O programa "Cantores Bons de Bico" foi criado no período em que eu estava no mestrado. Fiz a produção dos programas e a rádio USP ficou responsável por sua veiculação. Programas como este devem sem dúvida serem apresentados a empresas para possíveis patrocínios. É viável a divulgação científica como forma de marketing. No caso deste programa, a veiculação poderia ocorrer numa rádio comercial, com patrocínio de uma fábrica de rações. Ou ainda ser veiculado internamente em lojas de uma grande rede de petshop. O programa Cantores Bons de Bico terminou, mas imagino que seria interessante um acerto de sua página na internet, que foi montada na época da criação do site da rádio USP e precisa ser atualizada. Existe a possibilidade, já está em andamento, de desenvolver outros produtos com o mesmo nome, a partir do programa de rádio. Muitos professores solicitaram cópias do programa para a utilização em aulas de educação ambiental. Tenho muitas idéias para o rádio, principalmente depois de ter estudado marketing. Acredito num novo formato de divulgação científica em que as atividades podem ser desenvolvidas junto a veículos de comunicação de massa e o apoio da iniciativa privada

 
Outros projetos
Desenvolvi um projeto biográfico montado para o rádio e intitulado "Santos Dumont no Ar". Infelizmente nunca foi executado, mas foi aprovado por uma comissão interministerial em Brasília que organizou o centenário da aviação no Brasil. Fui trabalhar na iniciativa privada logo após encaminhar o projeto. O formato como o projeto foi apresentado era muito inovador. Gerado como um vídeo, continha todas as informações necessárias as quais poderiam ser facilmente apresentadas a possíveis patrocinadores em poucos minutos. Utilizando ferramentas usadas pelas radionovelas "Santos Dumont no Ar" também previa a inserção da biografia do pai da aviação em outras situações de grande importância e vulto para a ciência da época, contextualizando a história. Pode ser adaptado ao formato de radio novela. Santos Dumont deixou muita coisa escrita, e alguns materiais como o livro “O que Eu Vi, o que Nós Veremos” forneceriam material para um programa que em alguns trechos poderia ser encenado, utilizando instrumentos de rádio novela, como a fala de personagens, sonoplastia com o som do motor dos dirigíveis ou do vento.

Surpresas
Tive um caso inusitado em relação a uma música usada no programa. A rádio recebia muitos CD´s e gravações de cantores ou grupos que estavam começando. Num destes materiais, um CD com cara de gravação independente, havia uma música que batia com a temática de um dos programas. Conversei com o pessoal da discoteca, usamos um trecho da música daquele CD que havia sido deixado na rádio a poucos meses. Dia seguinte a veiculação do programa com a música, recebemos uma ligação. Queriam conversar com o produtor do programa. Parecia que ia rolar algum problema com direitos autorais ou coisa assim. Mas chegando ao telefone a reclamação era outra: "Quero reclamar que em seis meses que o CD ficou aí, ele nunca foi usado, agora que vocês tocaram uma música dele, tocaram pela metade!". Foi algo que não esperávamos.

Os direitos autorais das músicas utilizadas no "Cantores Bons de Bico" ficaram por conta da Rádio USP. As músicas apresentadas eram anotadas, indicando-se o seu uso (programa, tempo de veiculação), sendo passado a uma funcionária da rádio responsável por acertar todas estas questões de direitos autorais. Já as gravações com o canto das aves eram conseguidas de várias fontes. E surgiu mais um caso inusitado neste sentido. Apresentando a proposta dos programas a um colega biólogo, especialista nesta área, comentei alguns exemplos de programas a serem desenvolvidos. Daí ele me questionou, que a vocalização de uma das espécies que eu havia mencionado, somente ele tinha. Achei estranho, pois tinha uma vocalização daquela espécie, será que minha gravação estava errada ? Mostrei a ele, e estava certo, era a gravação daquele animal que só ele tinha, pior, era a gravação dele ! Detalhe, a gravação havia sido publicada na internet e já estava circulando entre biólogos e interessados no canto das aves!

A gravação da vocalização de aves de diversas espécies é algo que circula muito entre os biólogos que trabalham nesta área. Hoje com o surgimento de aparelhos celulares mais sofisticados, é raro o especialista da área cujo celular não tem toques imitando o canto de alguma ave, ou que possua gravações para usar como chama em atividades de campo. O uso de gravações (play-back) é muito comum para o desenvolvimento de atividades como inventariamento da avifauna. Emitindo gravações do canto das aves (chama), o biólogo consegue atrair indivíduos da mesma espécie que possam habitar aquela região. Em alguns casos, os machos são tão territorialistas que eles voam para cima do aparelho de som, podendo ser capturados com certa facilidade utilizando-se esta técnica.

Dicas sobre financiamentos e parcerias  
Uma dica importante é a forma como você apresenta seu trabalho. Me lembro de como chamei a atenção quando levei este projeto a um congresso. Não apresentei um projeto, ganhei o público veiculando alguns programas montados especificamente para aquela atividade. Variações dos “Cantores Bons de Bico” também já foram utilizados em diversas ocasiões. Aprendi muito com isso, todos projetos seguintes que realizei ganharam uma apresentação rápida em formato auto-executável do Power Point, contendo músicas e imagens. Quanto ao formato rádio, uma dica para quem está começando é buscar um veículo que esteja aberto a novos projetos. Além disso, é sempre bom lembrar que programas rápidos, os chamados boletins radiofônicos contendo entre 3 e 5 minutos são de mais fácil veiculação. Um dos grandes problemas hoje, principalmente nas rádios comerciais é conseguir um espaço na grade de programação.


Para ouvir todos os programas: http://www.radio.usp.br/especial.php?id=3

Contato: Ricardo Crede rgcrede@hotmail.com

30 de mar. de 2011

Programa Radiofônico: Verdades Inventadas


Gênero: Radionovela
Realização: LAbI, Laboratório Aberto de Interatividade da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar
Coordenação: Maithe Bertolini



O Projeto
Com a proposta de diversificar e ampliar nossa produção de conteúdos sobre cultura científica, vimos no Edital Roquette-Pinto a possibilidade de concretizar esta ideia na realização da radiodramaturgia Verdades Inventadas. As experiências imaginárias da personagem Laura surgiram a partir da ideia de produzir uma dramaturgia sobre formas de viajar no tempo. Através destas experiências pudemos colocá-la em contato com diversos personagens da história da ciência e da produção de conhecimento sem infringir conceitos científicos e sem cair em clichês dramaturgicos como "tudo não passou de um sonho". Um estudo diz que o sistema nervoso central é incapaz de distinguir uma experiência real de uma experiência imaginária se a pessoa (a dona do cérebro) souber do que se trata o objeto da experiência (ou seja, se ela já conhecer tal objeto). Partimos desta premissa para composição do universo imaginário que Laura, a personagem principal desta trama, explorará na rádio-dramaturgia "Verdades Inventadas".

Trabalhando com o imaginário
Para a compreensão como isso acontece, fazemos a seguinte proposta: pense num limão, bem verdinho, de casca lisa. Agora você corta o limão ao meio, até saiu um pouco de suco dele...
Agora imagine-se lambendo uma das metades do limão. Sentiu o azedo? Salivou? A produção de saliva é uma resposta real a um estímulo imaginário, ou seja, seu cérebro não distinguiu se você realmente estava lambendo um limão ou apenas imaginando que o estava fazendo. Mas isso só aconteceu porque você sabe que o limão é azedo e já salivou antes quando tomou aquela limonada sem açúcar. Isto quer dizer que podemos trabalhar com experiências imaginárias para gerar aprendizagens bem reais, e é esta a proposta de "Verdades Inventadas".

Público
Nas discussões da equipe sobre público-alvo sempre avaliamos que todos ouvintes são público em potencial. Acreditamos que na realização deste projeto teremos a oportunidade de atingir novos públicos e pautar questões relacionadas à construção do conhecimento através de experimentações no formato consolidado da radiodramaturgia, considerando que neste processo criativo tanto a Arte como a Ciência foram fundamentadoras da narrativa.

Repercussão
Até o momento, avaliamos positivamente. Paralelo ao lançamento na Radio UFSCar começamos a atualização diária do blog de Laura (viagensdalaura.wordpress.com) onde a personagem comenta suas aventuras e desenvolve um pouco mais os assuntos abordados em cada episódio. No primeiro dia atingimos cerca de 1500 visitas no blog e desde então mantemos uma média de 250 acessos diários. Através do blog começamos a dialogar com diversos ouvintes estabelecendo um canal de comunicação com os mesmos, entendendo como a radionovela é recebida, como os assuntos são abordados e repercutidos. A partir do blog tivemos a satisfação em saber que o material produzido está sendo usado por diversos professores em sala de aula e que estamos dialogando com estudantes por lá também.

Expectativas
Por enquanto discutimos a possibilidade de uma segunda temporada das experiências imaginárias de Laura e uma publicação no formato de contos, mas ainda não há nada definido.

Sobre O LAbI
O Laboratório Aberto de Interatividade da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, promove, desde 2006, iniciativas de divulgação científica e produção de conhecimento sobre essa prática. o LAbI está fundado nos conceitos de interdisciplinaridade, interatividade, construção colaborativa do conhecimento e relação entre Arte e Ciência como formas de elaboração de saberes.

Ao longo dos seus três anos de existência, estruturou suas atividades e sua equipe nas seguintes frentes de trabalho:

• Realização de oficinas de formação de pessoas, prospecção de conteúdo e construção colaborativa de instalações interativas com professores de Educação Superior e Básica;
• Concretização e exposição das instalações interativas de divulgação científica, acompanhadas de outros produtos de disseminação do conhecimento;
• Concepção e realização de produtos audiovisuais – vídeos educativos e programas de rádio;
• Realização do programa radiofônico Paideia, sobre cultura científica (veiculado semanalmente ao vivo em www.radio.ufscar.br e com podcast em http://programapaideia.wordpress.com);
• O videocast semanal Céu da Semana, com dicas de astronomia (http://www.youtube.com/user/labiufscar);
• Edição da revista eletrônica ClickCiência (www.clickciencia.ufscar.br).


Sobre o Prêmio Roquette-Pinto
A Associação das Rádios Públicas do Brasil (ARPUB) realizou, em 2010, a primeira edição do Prêmio Roquette-Pinto - I Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos. A iniciativa é pioneira no país e conta com a parceria do Ministério da Cultura, através do Programa Nacional de Apoio à Cultura e com patrocínio da PETROBRAS. O concurso tem como objetivo apoiar a produção independente de obras radiofônicas e estimular a diversidade regional na produção de programas de rádio.

Fonte:


Contato:
Maithe Bertolini
Coordenadora de Criação do Laboratório Aberto de Interatividade - LAbI UFSCar
Produtora do Festival CONTATO
maithebertolini@gmail.com
16 33518929
16 91122526

11 de mar. de 2011

Editais de popularização da ciência e da tecnologia

Lançados principalmente pelas fundações de amparo à pesquisa dos estados, as FAPs, eles tem o objetivo de financiar projetos institucionais (propostos por museus, centros de ciências, universidades, institutos de pesquisa, organizações sem fins lucrativos) voltados para a educação científica da sociedade de forma geral. Para submeter o projeto, a proposta deve se encaixar nas linhas temáticas determinadas pelo edital. Essas linhas podem contemplar:
  • Instalação e estruturação ou aperfeiçoamento de centros, museus e parques de ciências, visando à expansão, a melhoria e qualidade do ensino de ciências, além de treinamento e capacitação de professores;
  • Realização de eventos e exposições itinerantes de ciência e tecnologia, organizadas por eixos temáticos, campos ou áreas do conhecimento para o público geral; 
  • Produção, desenvolvimento e avaliação de novas metodologias e/ou materiais educativos voltados para educadores e para a revitalização do ensino de ciências nos níveis médio e fundamental, sendo distribuídos gratuitamente;
  • Produção de conteúdo para promover a divulgação científica através da mídia (rádios e TVs universitárias
Assim, quem deseja ou já trabalha com divulgação científica, é importante ficar atento aos editais de popularização lançados pelo governo de seus respectivos estados.

 

Vale conferir:

http://www.faperj.br/interna.phtml?obj_id=6998

 

http://www.fapesb.ba.gov.br/?page_id=4088

3 de mar. de 2011

Landell e a Ciência na Onda

Por Fábio Almeida*


Estamos no ano de 2011, a nave aporta emitindo três raios luminosos sobre as antenas mais altas da cidade. Se o escritor desta cena mudasse a data para o ano de 1900, a nave iria se conectar aos milhares de fios de telefonia instalados nas grandes cidades da época.

E talvez, a nave poderia encontrar o cientista Padre Roberto Landell de Moura, em São Paulo, na novata Avenida Paulista, ainda com ruas de terra, numa tarde de inverno fazendo a primeira transmissão pública de voz por aparelhos sem fios. Landell sabia, que a ciência estava na onda.

Depois de várias experiências com transmissores, que datam desde 1892, Landell resolveu realizar em 03 de junho de 1900, uma demonstração pública, que contou com a presença de autoridades como o vice-consul inglês Sir. Percy Charles Parmenter Lupton. As notas da imprensa da época descrevem uma transmissão de oito quilômetros, que é a distância entre a Avenida Paulista e a capela de Landell, no bairro de Santana. Já faz tempo, mas estes eram dois pontos altos que se destacavam na cidade.

O conceito de falar em um local e fazer a voz aparecer em outro, sem o uso de nenhuma concexão física e ainda realizado por um sacerdote foi mal compreendido na época. Estes fatos, tinham fundamentos técnicos porque Landell foi um grande estudioso de física e química, quando esteve com os jesuítas em Roma, na Itália. Mas, Landell relata que muitas vezes o acusaram de realizar ocultismo ou magia e chegaram até a destruir um de seus laboratórios.

Por outro lado, as autoridades e elite da época, mais ligadas à cultura econômica de exportação do café, talvez não eram evoluídos o suficiente para compreender o desenvolvimento que Landell propôs, e isso realizado há apenas doze anos após a queda do império no Brasil.

Hoje, vivemos a época dos transmissores sem fios. Rádios comunicadores, controles remotos e televisores são exemplos de aparelhos encontrados nos projetos que Landell realizou há mais de cem anos.

O conhecimento que Landell desenvolveu resultou em ondas eletromagnéticas, que são invisíveis, um conceito difícil para a época antes do período modernista brasileiro, e não foram compreendidas em seu tempo. Mas, hoje em pleno século XXI, com todas as ondas disponíveis, as pessoas de todos os países têm a oportunidade de promover a multiplicidade de conhecimentos, através do uso dos diversos transmissores portáteis existentes. O que permite que todos possam usar os aparelhos para emitir informações que anulem dogmas e neutralizem preconceitos. Pontos que são os grandes obstáculos para a difusão de conhecimentos no mundo.

É nesse sentido, que o documentário televisivo sobre Landell, que estamos realizando, não pode se resumir apenas a contar a injusta história do cientista brasileiro. Mas, o programa propõe um campo de reflexões, sobre as condições em que a ciência é transmitida e recebida, no nosso tempo tecnológico.

*Fábio Almeida - jornalista, diretor de vídeos de ciência e arte, criou o ciclo de palestras Ciencine e atualmente realiza projetos de documentários para produtoras, emissoras de TV e mídias móveis.


=======

Links para fotos:

Outras referências:

21 de fev. de 2011

Programa "Na Onda da Vida"





Produção: Universidade Federal de Minas Gerais/Instituto de Ciências Biológicas
Transmissão: Rádio Educativa UFMG / 104.5 FM / 
Contagem e Belo Horizonte
 terça a sexta às 11:30h e 20:15h e segunda somente às 11:30
Coordenação: Adlane Vilas Boas



Primeiras dificuldades

Convencer o professor/pesquisador a produzir material para popularização da ciência. Depois, adaptar a linguagem rebuscada, que nós cientistas temos o costume de usar, à linguagem oral e mais fácil de ser compreendida.


Soluções

Trocamos nossa estratégia e partimos para marcar entrevistas com os pesquisadores, o que tem funcionado bem. Quanto à linguagem, tivemos oficinas com profissionais da Rádio UFMG Educativa, além do constante "patrulhamento" em relação aos textos escritos pelos estudantes e às palavras usadas pelos colaboradores cientistas. Muitas vezes pedimos a eles que expliquem em outras palavras seu trabalho.


Retorno do público

Temos, no próprio Instituto, depoimentos de colegas sobre os programas. Como publicamos todos os áudios no site/blog do programa, temos comentários de pessoas de todo o Brasil.


Algo inusitado 

Ao consultar um colega sobre uma colaboração ao programa, fui surpreendida com um argumento raivoso do tipo: "Nós não temos muita colaboração e recursos para fazer nossa pesquisa. Se alguém quiser saber da importância de minha pesquisa, que procure ler o que produzo". Ainda bem que esse foi um caso isolado! O Na Onda da Vida tem tido ótimas experiências contadas por mais da metade dos professores do Instituto de Ciências Biológicas.


Dicas sobre financiamentos e parcerias  

Como projeto de extensão universitária temos tido apoio de agências financiadoras, como CNPq e Fapemig, e também através do MEC. Mas temos planos de conseguir apoio em empresas de material biotecnológico que queiram associar seu nome ao nosso produto radiofônico.

Uma mostra:

Outro layout

Na tentativa de criar um espaço agradável visualmente, o blog contou com a colaboração do Danilo Bueno. Aguardo o retorno dos seguidores e visitantes sobre essa nova imagem. É importante a participação de vocês.

Abraços,
Mariana Rocha

Blog estimula divulgação científica no rádio

Ferramenta na internet busca trabalhar a qualidade da difusão da ciência e fazer com que o tema faça parte dos hábitos dos brasileiros
 
Por Anna Marques e Camila Almeida


 
O desinteresse por assuntos relacionados ao conhecimento científico ainda é comum. Em 2010, o Departamento de Popularização da Ciência/Ministério da Ciência e Tecnologia e Museu da Vida/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizou uma pesquisa sobre a percepção pública da ciência. Ela revelou que a baixa qualidade do ensino de ciências nas escolas e a linguagem pouco acessível da imprensa na cobertura científica são as principais razões do desinteresse do brasileiro pelo assunto.

Como tentativa de estimular a divulgação científica, Mariana Rocha, jornalista e assessora do Programa de Popularização da Ciência e Tecnologia da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, criou uma ferramenta na internet para articular os divulgadores da ciência e interessados no assunto.Apesar da iniciativa dela, o blog Ciência na Onda foi uma ideia coletiva. “O desejo de dar continuidade às conversas sobre experiências, dificuldades, oportunidades e soluções para a divulgação da ciência no rádio foi de muitos que estavam presentes no III Encontro Nacional de Rádio Ciência, no Recife, em setembro do ano passado”, diz.

Mas por que o rádio? “Acredito que a característica mais importante é a de diversas pessoas terem o hábito de ouvi-lo. Segundo a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), 88% dos brasileiros ouvem rádio”, ressalta Mariana. Além disso, ela afirma que a linguagem sonora é democrática, não limitando o acesso das pessoas pouco ou não alfabetizadas.

Apesar do grande alcance do rádio, a linguagem utilizada deve ser trabalhada. “É preciso pensar no público que se quer atingir, o tipo de formato e aprender a lidar com as subjetividades do ouvinte”, pontua. Assim, a grande intenção do blog é permitir a troca de experiências, percepções e novidades sobre a divulgação científica nesse meio. “A expectativa é de que as pessoas deem palpites, mandem materiais, contem sobre experimentações complicadas, soluções e casos de sucesso”, explica.

9 de fev. de 2011

Cortando a Fita

O III Encontro Nacional de Rádio Ciência, que aconteceu em Recife (PE), entre 14 e 16 de setembro de 2010, trouxe para o hall de discussões as muitas dificuldades em relação à divulgação da ciência no rádio. A rodada de casos sobre trabalhos com popularização da ciência no rádio expos diferentes problemas. Entre eles se destacaram a falta de uma rede pública de rádio que transmita notícias sobre a produção científica em todos os estados brasileiros, o desaparecimento dos gêneros como o rádio documentário, programas infantis e rádio dramaturgia, o olhar transversal entre rádio e instituições públicas e a diferença entre informar e educar.
O dia-a-dia está cheio de idéias, objetos e instrumentos produzidos pela ciência e pela tecnologia, os quais, muitas vezes, as pessoas não compreendem o significado. Explicar isso é uma tarefa que exige do divulgador constante negociação. Ele precisa manter o rigor dos dados científicos e ao mesmo tempo ter criatividade e sensibilidade. O rádio é uma grande ferramenta para ajudá-lo nesta empreitada. Assim, conte mais sobre como esse meio de comunicação tem contribuído para o seu trabalho e dê continuidade aos debates.